terça-feira, 14 de outubro de 2014

Anália Franco: uma educadora na legítima expressão da palavra

Por Julio Cesar Fidelis Soares -ARDHIS \ IEV\ AHIMTB

RESUMO 
Este artigo é um estudo preliminar sobre os professores e educadores e as escolas que atuavam em Resende, Província do Rio de Janeiro, no século XIX, numa busca do que representaram socialmente. A análise dos elementos da representação social destes mestres e das suas escolas nos ajudará a entender um pouco mais sobre a história da educação em Resende bem como da região do Vale do Paraíba Fluminense no período da produção cafeeira e suas interfaces com a sociedade brasileira.
Palavras-chave: educação, história, escolas e educadores.

A educação é fator preponderante ou principal para o desenvolvimento social e econômico de um país ou região, não mero elemento de visualização de crescimento, mas um efetivo instrumento de melhoria de desempenho nas mais diversas áreas de melhoria dos níveis de qualidade de vida econômica e social.
      Assim sendo, é necessário conhecer a história de nossas escolas para sabermos em que contexto elas foram criadas, sua organização, que cursos ofereciam em cada período de sua existência, quem foram seus dirigentes, seus professores e tantos outros aspectos próprios das pesquisas não quantitativas, mas com um foco extremamente qualitativo onde podemos aprender mais, não só sobre as escolas como um todo, mas também quem eram aqueles que trabalhavam no ambiente educacional. De outra maneira, tal estudo nos possibilita conhecer a história das unidades escolares através do resgate de seus documentos, que são de extrema importância para o reconhecimento histórico, pois conseguem registrar o dia-a-dia das atividades das unidades escolares.
            Pensando neste mundo da educação é que colocamos o nosso objetivo, que é regatar informações sobre a educação em Resende através de fontes de consulta primárias, para que os estudiosos e memorialistas da História da Educação, especificamente, possam dar vida e voz à memória das antigas unidades escolares de Resende. Bem como àqueles, no século XIX, que trabalharam na educação não só com foco regional, mas também com expressão nacional. Época em que nossa região do Vale do Paraíba Fluminense, Resende, se despontou não só como pioneira na produção cafeeira, mas também como foco dispersor desta cultura para outras regiões do país.
 E é assim que se faz mister resgatar um pouco da história de uma resendense pouco conhecida em sua terra natal, mas que fez muito pela educação do Brasil até a primeira metade do século XX.  Falo então de Anália Emília Franco, nascida em Resende em 10 de fevereiro de 1853, filha de Teresa Emília de Jesus e de Antonio Mariano Franco Junior. A Resende dos anos 50 do século XIX era uma cidade pujante do ponto de vista econômico e social.  No ano de 1854 a produção do Vale fluminense era de 7.988.551 arrobas, superando a produção do Vale paulista que chegava a monta de 2.737.639 arrobas.[1] No entanto, apesar de toda essa euforia cafeicultora, a região de Resende nunca ocupará o lugar de maior produtora de café da província do Rio de Janeiro. A Cidade de Resende foi grande centro produtor, mas não o maior. Mesmo que no início do século XIX seja Resende o centro irradiador do café, espalhando-o por todo o Vale do Paraíba, será Vassouras, Valença, Paraíba do Sul, Barra Mansa e Piraí que possuirão as maiores fazendas e também a maior produção. Um dado bem interessante buscado no Almanaque Laemmert de 1850, nos informa que em Resende o café era produzido em quatro freguesias, por 413 fazendeiros[2], em Vassouras 82 fazendeiros, 62 em Barra Mansa e 54 fazendeiros em Valença. O que nos faz intuir que tal quantidade de propriedades para região de Resende dá indícios da importância específica da pequena e média propriedade cafeicultora na dinâmica econômica da região, bem como sua coexistência com as grandes propriedades monocultoras de café com seus planteis numerosos de braços escravos[3]. No início da década de 1870 chama-nos a atenção uma declaração no registro de atas da Câmara Municipal de Resende em 1873:
 “... no Município de Resende há mui poucos grandes lavradores, é talvez o Município da Província do Rio de Janeiro onde  propriedade  territorial se acha mais bem dividida e, por conseqüência , onde se encontra maior número de pequenos produtores...”[4]
Apresentamos assim para Resende, um perfil de sociedade não bipolarizada, diferente do apresentado pela historiografia tradicional em estudos de outras regiões, já que no caso de Resende havia uma considerável população de homens livres em relação aos escravos, como observamos entre os três municípios de maior expressão na região do Vale do Médio Paraíba quando da pesquisa A Escravidão em Resende no Século XIX: uma breve introdução à análise econômica[5].  
 Assim Anália Franco nasce num contexto de uma Resende que destoa um pouco dos padrões mais gerais dos “núcleos urbano-rurais”, ou seja das sedes administrativas municipais que tinham por base apoiar a produção cafeeira, era uma cidade machista, escravocrata, monarquista e católica , ou seja, tudo o que não será Anália Franco no decorrer de sua vida. A partir destas premissas e no reforço da relevância apontada por um estudo sobre ela, que nos diz ter sido uma grande educadora brasileira, mas não conhecida nem reconhecida em seu estado natal e também não ser reconhecida em nível nacional como grande educadora foi que nos moveu a este estudo. Há sobre este fato uma instituição chamada GEAE (Grupo avançado de Estudos espíritas), que nos faz o seguinte relato em seu boletim, pois Anália não foi Católica como era comum e geral na sociedade brasileira dos séculos XIX e início do XX:
(...) desta mulher que tanto fez pelo ensino brasileiro, que bem pouco havia progredido até sua época, pouco se fala, quase não se fazem homenagens públicas e não fosse o bairro que lhe leva o nome, onde hoje há um famoso shopping e grandes instituições de ensino, estaria completamente esquecida pelas gerações mais jovens, justamente as maiores beneficiárias de sua atuação revolucionária. (Boletim GEAE, 2003).


Anália Emília Franco, feminista, republicana, abolicionista e espírita, foi tudo o que não queria ser a sociedade daquela época. Seus estudos iniciaram dentro de casa, pois sua mãe, Dona Teresa Emília, sendo professora a ensinou.  A Resende do ano de nascimento de Anália era uma Resende embalada no sucesso de sua produção cafeeira, na Câmara Municipal tínhamos como presidente Reverendo Padre Joaquim Pereira Escobar, vigário e homem público de grande valor para administração pública do recém formado município que havia somente quatro anos sido elevado da categoria de vila a cidade. O então Município de Resende era formado pelas freguesias de Nossa Senhora da Conceição, São Vicente Ferrer, São José do Campo Bello e Senhor Bom Jesus de Sant´Anna dos Tocos, com pujante atividade econômica existiam 24 profissionais liberais, 54 comerciantes, 434 fazendeiros e lavradores divididos entre as pequenas, médias e grandes propriedades produtoras não só de café mas algumas com engenho e produção de cana, quanto a fábricas e oficinas existiam em número de 13.

 Igualmente importantes para o município nesta época foram as figuras do Cel. GN Fabiano Pereira Barreto e Dr. Joaquim Gomes Jardim, os médicos Dr. Custódio Luiz de Miranda, Dr. Gustavo Gomes Jardim e Dr. Thomaz Whately. Na educação destacamos as figuras de Bernarda Emília do Prado Brandão que conduzia uma escola pública para meninas na Rua do Rosário número 31, temos ainda o professor público Joaquim José Jorge que conduzia a escola de primeiras letras no número 27 da mesma rua. Existia também nesta época o Collegio Rezende de instrução primária e secundária criado em 1851 pelo Dr. Joaquim Pinto Brasil, irmão da mais famosa educadora do século XIX, Nísia Floresta[6].
Segundo seus biógrafos, em 1861, a família se transfere de Resende para São Paulo, onde estudou em uma escola cuja direção era de sua mãe e em 1868, com 15 anos, se formou professora conquistando a seguir, por provisão de concurso público, o cargo de professora chegando a trabalhar ao lado da mãe.
Anália Franco, já formada pela escola normal, passa sua vida de trabalho fundando abrigos para órfãos, asilos, colônias regeneradoras, creches e escolas maternais em que aplicou seus próprios métodos de educação e ensino. Colaborou, de forma bastante ativa, em revistas feministas, como A Mensageira, A Família e O Eco das Damas. Além de escrever para estas revistas literárias, criou também a sua própria revista: o Álbum das Meninas, revista literária e educativa dedicada às jovens brasileiras, cuja edição iniciou em 1898 e onde publicou a maior parte de seus contos e romances. Fundou mais de setenta escolas e mais de vinte asilos para crianças órfãs. Na cidade de São Paulo, fundou uma importante instituição de auxílio a mulheres em região antes afastada do centro, onde é hoje o Bairro paulistano Jardim Anália Franco.  Neste sentido fica claro seu pensamento muito avançado para o Brasil de fins do século XIX e início do século XX onde postula :
“1º recolher as mulheres pobres, com ou sem filhos, que se acham ao desamparo; 2º meninas órfãs ou filhas de pais inválidos; 3º meninos com suas mães, até 8 anos; 4º os filhos de mães operárias de 2 anos para cima; 5º criar aulas de instrução primária, secundária e profissional, diurnas e noturnas, para as asiladas ou não; 6º criar secções especiais para enfermeiras (sic) e mulheres arrependidas (sic).”[7]
Com a Lei do Ventre Livre, Anália mostra sua verdadeira vocação literária, que segundo seus biógrafos, já era por esse tempo,notável como literata, jornalista e poetisa; entretanto, chegou ao seu conhecimento que os filhos de escravas que estavam por nascer eram previamente destinados à “Roda”[8] da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Nesta época, perambulavam mendicantes pelas estradas e pelas ruas, os jovens negros expulsos das fazendas por serem impróprios para o trabalho. Não eram negociáveis como seus pais, e os adquirentes de cativos davam preferência às escravas que não tinham filhos no ventre.  Então, Anália escreveu apelando para as mulheres fazendeiras a fim de socorrer as criancinhas necessitadas.
            Em 1911, conseguiu, sem qualquer recurso financeiro, adquirir a chácara Paraíso, de 75 alqueires de terra, parte em matas e capoeiras, e o restante ocupado com benfeitorias diversas, entre as quais um velho Solar, ocupado, durante longos anos, por uma das mais notáveis figuras da História do Brasil: Diogo Antonio Feijó. Nessa chácara, fundou a “Colônia Regeneradora D. Romualdo”, aproveitando o casarão, a estrebaria e a antiga senzala, internando ali, sob direção feminina, os garotos mais aptos para a lavoura, a horticultura e outras atividades agropastoris, recolhendo, ainda, moças desviadas, e conseguindo, assim, regenerar centenas de mulheres.[9]
          Ao final, o resultado quantitativo da obra educacional, pedagógica, humanitária e social desta resendense ilustre foi de 71 Escolas, 2 albergues, 1 colônia regeneradora para mulheres, 23 asilos para crianças órfãs, 1 banda musical feminina, 1 orquestra, 1 Grupo Dramático, além de oficinas para manufatura de chapéus, flores artificiais, em 24 cidades do interior e na Capital de São Paulo. Além disto, coloco ainda o fator qualitativo exposto numa vasta obra literária com romances, contos, crônicas, poesias, textos de peças teatrais.

Anália veio a falecer no dia 13 de janeiro de 1919, na cidade de São Paulo. Sua presença ainda é bastante marcante, existem ruas, avenidas, bairro, logradouros, shopping center e uns cem números de coisas e lugares que marcam a presença efetiva da humanista e pedagoga social Anália Franco na São Paulo de hoje.  E é lembrando do poeta resendense Luis Pistarini é que fechamos este artigo com um trecho expressivo do poema que fez para o centenário da cidade, e serve muito bem para homenagear a esta mulher brasileira : “...Resende, terra de poetas, artistas e heróis...”. Anália foi poetisa, foi artista quando criava textos para teatro, por fim, foi heroína por enfrentar inúmeras dificuldades frente a uma sociedade machista, católica, monarquista, preconceituosa e escravocrata.

Bibliografia

Almanak Laemmert de Resende – Universidade de Chicago. Disponível em: <www.crl.uchicagoo.edu>. Acessado em: 10 abr. 2008.

Almanaque Laemmert. 1850-1856. Município de Resende.

Almanaque Laemmert. 1868-1877. Município de Resende.

BARROS, Maria Cândida Silveira. Vida e obra de Anália Franco. [s. l.]: Edição da Autora, 1982.

BITTENCOURT, Adalzira. A mulher paulista na História. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1954.

Boletim GEAE - Grupo avançado de estudos espíritas. Disponível em: <http://www.geae.inf.br/>. Acessado em: 14 de outubro de 2014.

BOPP, Itamar.  Casamentos na Matriz de Resende.  Instituto Genealógico Brasileiro, 1971.

________. Notas Genealógicas.  São Paulo: Sangirardi,1987.

INCONTRI, Dora. A Educação segundo o Espiritismo. Bragança Paulista: Comenius, 2003.

________. A Educação da Nova Era. São Paulo: Comenius, 2001.

MAIA, João de Azevedo Carneiro. Do descobrimento do Campo Alegre à criação da Vila de Resende. Rio de Janeiro:[S.Ed], 1886.

________. Notícias históricas e estatísticas do município de Resende desde a sua fundação. Rio de Janeiro: 1891 [ Monografia].

MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Anália Franco: a grande dama da educação brasileira. São Paulo: Eldorado Espírita, 1992. p. 245.

PEDREIRA, Jose Rodrigues. Resende em revista. Volta Redonda: Gazetilha, 1975.

PEREIRA, Rafael dos Santos. Um estudo sobre a pedagogia espírita e seus pressupostos filosóficos. Campinas: [s.e], 2006. – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação.

SAINT- HILAIRE, Auguste de. Viagem à província de São Paulo. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1976.

________. Viagem pelas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1978. (Início do Século XIX).

________. Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1822.

Universidade Federeal de Santa Catarina. A mulher na literatura. Disponível em: <http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br/catalogo/analia_vida.html>. Acessado em: 10 abr. 2008.

WHATELY, Maria Celina. O café em Resende no século XIX. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.
________. Resende, a cultura pioneira do café no Vale do Paraíba. Niterói: La Salle, 2003.

________. & GODOY, Maria Cristina F. M.– ARDHIS – Academia Resendense de História. Resende, crônicas dos duzentos anos. Resende: La Salle, 2001.



Anexo I
A obra de Anália Emília Franco
Romances:
A filha do artista. Romance. [s. l.]:Tipografia Globo, 1899;
A égide materna. Romance. Publicado em fascículos na revista Álbum das Meninas;
A filha adotiva. Romance. Publicado em fascículos na revista Álbum das Meninas.
Contos:
"O canoeiro"; "O orfãozinho"; "A cruz do arroio"; "D. Constantino"; "Inesília (caso verdadeiro)"; "Idílio agreste"; "A sempre-viva"; "Um suicida (caso verdadeiro)"; "Malvina"; "À borda do abismo"; "Uma reminiscência”; “História de Alcina (caso verdadeiro)"; "A cretina"; "Celina"; "As ruínas"; "As duas irmãs"; "Contos cômicos"; "Minha terra"; "O arlequim"; "O carpinteiro"; "O café"; "Contos infantis n. 1 (História de Eudóxia)"; "Contos Infantis n. 2 (História de Lídia)"; "Enéas".
Poesias:
"Uma saudade"; "A mãe de ouro"; "O canoeiro" (em meio ao conto); "Miséria e fé"; "Inesília" (em meio ao conto); "A doida"; "A agonia de Jesus"; "Caridade"; "As duas irmãs" (em meio ao conto).
Peças teatrais:
"A escolinha", (em um ato); "A feiticeira", drama em três atos; "A caipirinha", comédia em um ato; "As criançolas", comédia em um ato; "A filha ingrata", drama em dois atos; "A neta vaidosa", drama em dois atos; "Quim-quim", comédia em um ato; "Retrato de Lina", comédia em um ato; "As duas colegiais", dois atos.
Crônicas:
"As vítimas do egoísmo social"; "O Liceu Salesiano"; "A mãe virtuosa"; "A Caridade"; "Instrução obrigatória"; "13 de Maio"; "Intuição moral"; "Educação maternal"; "Educação Física"; "Os pobres"; "Às minhas patrícias"; "As creches"; "Nossa apatia intelectual"; "Questões sociais"; "O nosso indiferentismo"; "Os filhos"; "Notas sobre Educação"; "A lei do trabalho"; "O ensino complementar e profissional da mulher"; "XV de Novembro"; "Impressões de Natal"; "Instrução popular"; "O dia de Ano bom"; "O enjeitadinho"; "Notas sobre a educação feminina"; "As filhas do mal"; "O lar feliz"; "Impressões de M’Boi (Embu)"; "Os grandes pensadores"; "A mulher e sua educação"; "As mães"; "A nossa educação"; "Educação feminina"; "Conflitos modernos"; "As mães e professoras"; "A nossa apatia mental"; "Notas de uma instituidora".



[1] MOTTA SOBRINHO, Alves. A civilização do café. São Paulo: Brasiliense, 1978. p. 24.
[2] Almanaque Laemmert (1850.p. 163-173)
[3] O assunto foi alvo de estudo e comprovado através da dissertação de mestrado “Pequenos e médios proprietários: relações de poder em uma economia latifundiária – Resende século XIX.” USS, Vassouras - 2006. Autor: Prof. Mestre em História Social Julio Cesar Fidelis Soares.
[4] Ata da Câmara Municipal de Resende -1873.
[5] Este estudo centrou-se na preparação de uma pesquisa mais ampla e profunda do processo da escravidão no município de Resende na Província do Rio de Janeiro. Uma vez que tal município tem grande importância frente à História Econômica do Brasil, no sentido em que foi pioneiro na implantação dos cafezais no Vale do Paraíba Fluminense, bem como pólo dispersor desta cultura para Províncias de São Paulo e Minas Gerais. Numa tentativa de leitura econômica de questão do trabalho escravo do ponto de vista do comprador desta força de trabalho, podemos visualizar algumas características que diferem o trabalho escravo do trabalho livre remunerado na  região de Resende.

[6] Nísia Floresta, cujo nome verdadeiro era Dionísia Gonçalves Pinto, escreveu 15 livros, tendo sua obra conquistado grande prestígio, não somente no Brasil, mas também em diversos países da Europa. Irmã de Joaquim Pinto Brasil, que foi professor do Dr. Luiz Pereira Barretto em cuja escola aprendeu as primeiras letras, fazendo ainda parte de seus preparatórios no Colégio Brasil, uma das mais significativas figuras do pensamento científico nacional dentro da corrente positivista, viveu oitenta e três anos, nasceu em Resende-RJ à 11 de janeiro de 1840 e faleceu em São Paulo à 11 de janeiro de 1923. Dr. Luiz Pereira Barretto foi um dos fundadores da Escola Paulista de Medicina hoje pertencente a USP.
[7] FRANCO, 1903. p.5. Apud Incontri, 2001
[8] A Roda foi idealizada em Portugal para Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e servia para que “as pobres crianças enjeitadas não fossem disputadas pelos cães vadios da cidade”. A Roda, era um cilindro oco de madeira que gira em torno do próprio eixo e com abertura em uma das faces, ficava voltada para uma janela, por onde eram colocadas as crianças. A mãe batia na madeira para avisar o porteiro, que aguardava do lado de dentro para não ver seu rosto e girava a Roda, recolhendo o abandonado. Disponível em: <http://www.cremesp.org.br/revistasermedico/sermedico040506_2002/historia_medicina.htm>. Acessado em: 10/4/2008 17:11.
[9] Disponível em: <http://www.evangelho.espiritismo.nom.br/personalidades/analia.htm>. Acessado em: 10/4/2008 17:28.

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